Ver para crer, como São Tomé… O espaço verde, bonito e tratado, que circunda a Igreja de Nossa Senhora dos Anjos, sita na Avenida Almirante Reis, Lisboa, não existe qualquer banco onde as pessoas possam sentar-se a descansar, ler, conversar ou fazer algo de útil.
Será que as escadarias do Templo substituem tão importante mobiliário urbano?
Em todos os outros jardins lisboetas ou de qualquer outro lugar, tal incrível situação não se verifica. Aliás, até se encontram cadeiras e mesas à disposição para os idosos poderem jogar às cartas, um dos passatempos que ainda não se paga. Alguém poderá dizer-me o porquê de não existirem bancos de jardim numa zona impecavelmente limpa, amplamente arejada, com esplêndidos sanitários públicos e servida de desafogado parque de estacionamento?
Será que as escadarias do Templo substituem tão importante mobiliário urbano?
Em todos os outros jardins lisboetas ou de qualquer outro lugar, tal incrível situação não se verifica. Aliás, até se encontram cadeiras e mesas à disposição para os idosos poderem jogar às cartas, um dos passatempos que ainda não se paga. Alguém poderá dizer-me o porquê de não existirem bancos de jardim numa zona impecavelmente limpa, amplamente arejada, com esplêndidos sanitários públicos e servida de desafogado parque de estacionamento?
Esta área está na dependência da Junta de Freguesia de Anjos
Fico, pois, a aguardar as respostas…
3 comentários:
Exmo. Senhor
um amigo comum deu-me conhecimento do seu postal sobre o jardim dos Anjos. Percebo que quem não viva nesta zona ache a situação insólita. Porém, para os moradores, este espaço aparentemente aprazível é um autêntico cancro. Por estar situado em frente à denominada «sopa dos pobres» tornou-se um local «habitacional» dos inúmeros sem-abrigo e marginais. Consumo de droga, práticas não higiénicas, jogo, bebida e sexo e prática comum ao ar livre. De Inverno mais mitigada no horário mas de Verão é de noite e dia. A retirada de bancos e mesas foi saudada pela população porque diminuiu alguma permanência. Uma força política fez constar no seu programa eleitoral que se ganhasse colocava gradeamento no jardim. Felizmente perdeu. Em criança brinquei naquele jardim que tem 2 árvores fantásticas, de tronco largo, que permite escaladas divertidas e sem risco. No entanto, nunca me atrevi a levar lá a minha filha. Há cerca de uma década o meu avô sentou-se uma tarde num dos bancos do jardim. Quando chegou a casa tinha piolhos. Acredite que ninguém mais que os moradores lamentam não poder beneficiar deste espaço que está entregue à marginalidade.
Sem mais dou-lhe os parabéns pelo blog e receba os meus cumprimentos.
JS
Caro JS
(Será Júlio Sequeira, eleito pelo CDS, membro do executivo da Junta de Freguesia dos Anjos?)
Grato pelas palavras elogiosas ao trabalho que aqui venho expondo.
Quanto à questão da falta de bancos no Jardim dos Anjos, tenho a dizer que, não sendo morador na Freguesia de Anjos, não é menos verdade que, como lisboeta, fique alheado dos assuntos que envolve a cidade e os seus moradores/frequentadores.
Desde já dou conta que frequento esse local, bem defronte ao Jardim, há cerca de 30 anos onde está a minha Associação de classe (APAF), com quem tenho colaborado assiduamente desde a sua fundação (Maio de 1979) até agora, e, até hoje, nunca senti algo que possa partilhar do seu pensamento negativo quanto à frequência das pessoas (chama-lhe marginais) no espaço agora tratado como deve ser.
Jamais poderei aceitar o que afiança: que o jardim está entregue a marginais…
Esta sua afirmação não corresponde à verdade, pois eu e tantas outras pessoas (as que à sua volta moram e trabalham, as que vão à missa, as que acompanham funerais, as que gozam do espaço nos dias bonitos e não só, as que passam por lá, as centenas que diariamente vão ao CNAI-Centro de Apoio ao Imigrante, etc., etc.) somos malfeitores? Claro que não!
Bem, no dia em que obtive as fotografias estava na hora do almoço e pretendia gozar o espaço devidamente arranjado e limpo e ler um livro. Dei a volta à Igreja na expectativa de encontrar um banco e nicles!
Eis a razão da minha oportuna referência que divulguei no blogue, como uma ou outra anomalia que tenho constatado na minha querida Lisboa. É só procurar.
Quanto à publicidade negativa que faz à força política que perdeu as eleições entendo ser uma descortesia da sua parte que quer atingir pessoas de bem. O assunto que apresentei não se prende com politiquices mas sim com a realidade que apontei.
O que aconteceu há dez anos já lá vai e não serve de pretexto para o que se vive actualmente, em que as condições higiénicas no jardim são aquelas que referi agradavelmente na net.
Há que colocar os bancos que foram retirados e continuar a zelar pela limpeza e segurança do local como deve ser. Os autarcas têm que trabalhar sempre bem e em benefício dos fregueses.
Os meus respeitosos cumprimentos.
Eu vivi mesmo do lado esquerdo da igreja no 1 andar e ai estudei.
Nesse jardim brinquei ,essas arvores eram enormes ,um verdadeiro porto seguro.Corria atrás dos pombos,e quanto á sopa dos Pobres nunca me afectou.Sabia que pessoas com nessecidades,iam lá comer,acho mesmo que ainda lá entrei por curiosidade,e meu irmão que era mais descarado acho que foi lá comer.
Sei que anos mais tarde a toxicodependencia chegou a esse lindo jardim. E em simultaneo a degradação do espaço.
Mas tenho esperança que a camara chegue ai tambem,embora a crise cada vez maior, só quero aqui deixar minha saudade de infancia de um espaço que foi para mim uma delicia.
cumprimentos
Patricia Nunes
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