-Foto jornal Expresso-
O jornalista brasileiro Eduardo Guennes Tavares de Lima, conhecido como Duda Guennes, e autor da mais antiga coluna da imprensa de Lisboa, "Meu Brasil Brasileiro", do jornal "A Bola", morreu ontem de madrugada em Lisboa vítima de doença prolongada.
Duda Guennes nasceu a 21 de julho de 1937 no Recife, Pernambuco (Brasil), era filho de um coronel e chegou a estudar num colégio de Jesuítas. Casou em Portugal e deixou uma filha de 28 anos.
Chegou a Portugal com a Revolução dos Cravos, na véspera da manifestação "Maioria Silenciosa", iniciativa política levada a cabo em setembro de 1974 por alguns setores conservadores da sociedade portuguesa, civil e militar que apoiavam o então Presidente da República, General Spínola. -Foto jornal A Bola-
O humor "sibilino" e os dotes culinários eram algumas das suas principais características, como disse à Lusa João Matias, um amigo de Duda Guennes, também jornalista. Acima de tudo, outros amigos próximos, contactados pela agência Lusa, descrevem-no como "um fantástico contador de histórias e um grande amigo".
Os seus dois grandes sonhos - ver o estádio Maracanã e assistir ao pôr do sol na famosa praia do Arpoador, no Rio de Janeiro - consegui-os cumprir num mesmo dia da década de 1950.
Trabalhou na rede "O Globo", fez parte do brasileiro "Pasquim" e foi correspondente em Lisboa. Desde 1980 que assinava a coluna "Meu Brasil Brasileiro" do jornal "A Bola", crónicas que mais tarde viria a publicar em livro, com várias histórias do mundo futebolístico. -Foto obtida em Lisboa, em 09.06.2004, aquando da apresentação do livro "O outro lado do futebol" de Teodoro Castro Lino. Presente ainda Sérgio Corrêa da Silva e o internacional brasileiro e campeão do mundo de clubes, Mozer-
Uma delas vem descrita no blogue brasileiro Vitrola dos Ausentes, de Paulo Ribeiro: "Garrincha, certa vez, respondeu a um diretor que lhe chamou de boémio por frequentar boîtes. "O senhor também já foi visto várias vezes em velório e não é defunto".
"O Duda tem mesmo várias histórias. Escreve sobre candomblé, sobre o folclore brasileiro, além de contar também coisas inacreditáveis de seus amigos. Um deles (descobri pelo Mauro Ventura) colecionava "bens imateriais". É. O cara colecionava apertos de mão. O sujeito trazia anotadas todas as mãos importantes que já apertara, de John Kennedy à Rita Lee, tinha o registo até da Rita Pavone", conta ainda o blogue.
Duda Guennes colaborava atualmente também no jornal "Comércio de Pernambuco", mas ao longo da sua vida escreveu para diversos jornais e revistas, foi crítico de teatro e comentador do Carnaval do Rio de Janeiro, chegou a traduzir revistas de Walt Disney e transcrevia do português brasileiro para o português de Portugal.
Atualmente, escrevia um livro sobre a morte.
O velório realiza-se a partir das 17h de hoje, sábado, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa, de onde sairá o corpo, às 11h de domingo, para ser cremado no cemitério do Alto de S.João.
Fonte: com a devida vénia do Jornal Expresso.
Duda Guennes nasceu a 21 de julho de 1937 no Recife, Pernambuco (Brasil), era filho de um coronel e chegou a estudar num colégio de Jesuítas. Casou em Portugal e deixou uma filha de 28 anos.
Chegou a Portugal com a Revolução dos Cravos, na véspera da manifestação "Maioria Silenciosa", iniciativa política levada a cabo em setembro de 1974 por alguns setores conservadores da sociedade portuguesa, civil e militar que apoiavam o então Presidente da República, General Spínola. -Foto jornal A Bola-
O humor "sibilino" e os dotes culinários eram algumas das suas principais características, como disse à Lusa João Matias, um amigo de Duda Guennes, também jornalista. Acima de tudo, outros amigos próximos, contactados pela agência Lusa, descrevem-no como "um fantástico contador de histórias e um grande amigo".
Os seus dois grandes sonhos - ver o estádio Maracanã e assistir ao pôr do sol na famosa praia do Arpoador, no Rio de Janeiro - consegui-os cumprir num mesmo dia da década de 1950.
Trabalhou na rede "O Globo", fez parte do brasileiro "Pasquim" e foi correspondente em Lisboa. Desde 1980 que assinava a coluna "Meu Brasil Brasileiro" do jornal "A Bola", crónicas que mais tarde viria a publicar em livro, com várias histórias do mundo futebolístico. -Foto obtida em Lisboa, em 09.06.2004, aquando da apresentação do livro "O outro lado do futebol" de Teodoro Castro Lino. Presente ainda Sérgio Corrêa da Silva e o internacional brasileiro e campeão do mundo de clubes, Mozer-
Uma delas vem descrita no blogue brasileiro Vitrola dos Ausentes, de Paulo Ribeiro: "Garrincha, certa vez, respondeu a um diretor que lhe chamou de boémio por frequentar boîtes. "O senhor também já foi visto várias vezes em velório e não é defunto".
"O Duda tem mesmo várias histórias. Escreve sobre candomblé, sobre o folclore brasileiro, além de contar também coisas inacreditáveis de seus amigos. Um deles (descobri pelo Mauro Ventura) colecionava "bens imateriais". É. O cara colecionava apertos de mão. O sujeito trazia anotadas todas as mãos importantes que já apertara, de John Kennedy à Rita Lee, tinha o registo até da Rita Pavone", conta ainda o blogue.
Duda Guennes colaborava atualmente também no jornal "Comércio de Pernambuco", mas ao longo da sua vida escreveu para diversos jornais e revistas, foi crítico de teatro e comentador do Carnaval do Rio de Janeiro, chegou a traduzir revistas de Walt Disney e transcrevia do português brasileiro para o português de Portugal.
Atualmente, escrevia um livro sobre a morte.
O velório realiza-se a partir das 17h de hoje, sábado, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa, de onde sairá o corpo, às 11h de domingo, para ser cremado no cemitério do Alto de S.João.
Fonte: com a devida vénia do Jornal Expresso.
3 comentários:
Caro Helder
Duda: Era um dos meus melhores amigos. Só "brigavamos" por uma coisa; ele, politicamente, era um ilustre adversário... Mas isso não era tão importante assim, muito
menos numa hora dessas. Por favor, transmita as nossas condolências,
minhas e da Marília (aliás foi ele que nos apresentou). Grato
abço
José Alberto Braga
Sete anos se passaram... Como voa o tempo! E com ele tão rápido, também, tão rápido perdemos os amigos!
Uma pena, mas o que temos que fazer, desde que nascemos é trabalhar, viver e esperar ela chegar!
Que Deus, em sua infinita bondade, o acolha!
O céu está mais belo!
Sergio
Caro e estimado Alberto Helder foi uma grande perda para todos nos que sempre admiramos o nosso saudoso Duda. Uma grande perda para todos nos que gostamos de uma boa historia e ele era mestre em contar coisas interessantes. Estou sempre te acompanhado nobre amigo gosto de ler tudo que voce escreve. Um abraço do amigo e seu leitor Teodoro Castro Lino.
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