ARMAS:
Artilharia, Cavalaria e Infantaria.
Comando Territorial Independente do Estado da Índia
DATA DA SUA CRIAÇÃO:
AQUARTELAMENTO:
Velha Goa
-Avião de Passageiros dos Transportes Aéreos da Índia Portuguesa-
LOCALIDADES À SUA GUARDA
Banastarim, Bicholim, Borim, Candeapar, Curchorem, Darbandorá, Dauconda, Margão, Maulinguem, Molem, Onda, Pondá, Ravona, Sanquelim, Usgão, Valpoi, Velha Goa e o rio Zuári.
ÁREA DE ATUAÇÃO em 18.12.1961:
De harmonia com o Plano de Operações “Sentinela”, que visava a retirada faseada das forças portuguesas da fronteira até à costa, cuja entrada em vigor seria quando se iniciasse a invasão,o Agrupamento teria de defender o Norte do Território e a Ilha de Goa.
COMANDANTE:
Acácio Nunes
da Cruz Tenreiro, Major
COMPOSIÇÃO:
Comando do Agrupamento; Companhia Artilharia 249, de Ucassaim, defendia Norte de Goa, menos 1 Pelotão; Companhia de Caçadores 1 (tropas naturais), de Ilha de Goa, destacada para Tonca, Ribandar e Velha Goa a); Companhia de Caçadores 6, do Forte da Aguada, esteve em Mormugão e Cortalim e Sancoale e passou, posteriormente, para o Agrupamento Vasco da Gama, exceto 1 Pelotão que ficou no Forte e outro na Estação de Rádio de Bambolim; Companhia de Caçadores 8, de Velha Goa, ocupou Mormugão e, em determinado momento, passou a depender do Quartel General; Esquadrão de Reconhecimento 1, de Mapuçá. Destacado para Doromarogo, Sinquervale e Mandovi. Um dos seus Pelotões ficaria em Assonorá e outro em Colvale e executariam a ação retardadora ao longo do eixo Mapuçá/Betim e recolheriam à Ilha de Goa. Nesta ação seria apoiado pela Companhia de Artilharia 249, de Ucaçaim; Esquadrão de Reconhecimento 2, de Bicholim, destacado para a região do Altinho, Banastrim e Maulinguém; Guarda Fiscal e Polícia do Estado da Índia.
NOTA:
a) dados incompletos, dado não terem sido encontradas as listas com os nomes das Praças, naturais do Estado da Índia, que pertenciam a esta unidade militar.
CONTINGENTE: 39
OFICIAIS: 10
Acácio Nunes Cruz Tenreiro, Major; Ângelo José Paiva Marques, Alferes; António Paulo Passos Sousa Basílio, Alferes; Augusto Leandro Ribeiro Lázaro, Tenente; Humberto José Neves Pestana Vasconcelos, Alferes; José Capaz Sebag, Alferes; Manuel António Silva Progeira, Alferes; Pedro Pedrosa, Capitão; Roberto Ferreira Durão, Capitão e Rui Barbosa Mexia Leitão, Capitão.
SARGENTOS: 18
António Conceição Mateus, 2º Sargento; António Joaquim Elói Aleluia, 2º Sargento; António Rodrigues Sabino, 1º Sargento; Armando Marques José Cunha, 2º Sargento; Carlos Tomás Santos Cavaleiro, Furriel; Filipe Gomes Rebelo, 1º Sargento; Joaquim Soares Duarte, 2º Sargento; José David Silva Araújo, Furriel; José Jesus Guerreiro, 2º Sargento; Júlio Augusto Jarra, 2º Sargento; Manuel António Pedrosa, 2º Sargento; Manuel Ferreira Rosa Espanhol, 2º Sargento; Manuel Ledo Teixeira, 2º Sargento; Manuel Luz, 2º Sargento; Manuel Pacheco Morgado, 2º Sargento; Manuel Vieira Leiria, 2º Sargento; Mário Alves, 2º Sargento e Rui Manuel Carvalho, 2º Sargento.
PRAÇAS: 11
Abel Reis Ponzeiro, 1º Cabo; Cipriano Rodrigues, Soldado; Heitor Gil Vilhena, 1º Cabo; José Gomes Trindade, 1º Cabo; José Liberato Lázaro Fernandes, Soldado; Luís Alberto Silva Estrela, 1º Cabo; Manuel Bernardino Moura, 1º Cabo; Manuel Matias Rodrigues, 1º Cabo; Manuel Neves Martins, Soldado; Óscar Pacífico Leitão Branco, Soldado e Óscar Teixeira Lopes, 1º Cabo.
NOTA:
Perante a ineficácia da defesa, a impotência do próprio armamento e a enorme desproporção entre as forças em confronto, o Agrupamento Dom João de Castro rendeu-se, pelas 19H00, de 18.12.1961.
CAMPO DE PRISIONEIROS:
Alparqueiros (Vasco da Gama-Goa).
REGRESSO A CASA:
No navio “Vera Cruz” (Karachi, 09.05.1962/Lisboa, 22.05.1962=13 dias), no navio “Pátria” (Karachi, 12.05.1962/Lisboa, 26.05.1962=14 dias) e no navio “Moçambique” (Karachi, 15.05.1962/Lisboa, 30.05.1962=15 dias), viajaram, respetivamente, 3, 35 e 1 elementos, deste Agrupamento.
ÓBITOS:
DISTINÇÕES:
PUNIÇÕES:
O Comandante do Agrupamento Dom João de Castro, Major Acácio Nunes da Cruz Tenreiro, foi demitido do Exército Português, segundo o parecer dos Conselhos Superiores do Exército e da Armada, datado de 17 de janeiro de 1963, depois de terem avaliado o relatório por si elaborado.
Eis o teor do texto que resultou a sanção:
“Na Ilha de Goa não exerceu efectivamente o comando das suas forças, deixando subordinados seus sem ordens. Convocou pelo menos uma reunião para discutir a rendição. Não reprimiu como devia a atitude do Comandante da Polícia e da Guarda Fiscal quando depuseram as armas. Rendeu-se ao inimigo sem combate. Não cumpriu a missão”.
REVOGAÇÃO:
Este castigo foi anulado em 19 de dezembro de 1974, através do Decreto-Lei 727, oriundo do Conselho de Chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas, publicado no Diário do Governo 295, I série, da mesma data, páginas 1587 e 1588, dando origem à reintegração do Major Acácio Nunes da Cruz Tenreiro, nas fileiras do Exército Português.
NOTAS:
A Comissão de Revisão do Processo do “Caso da Índia”, foi nomeada a 9 de setembro de 1974, pelo Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, Francisco Costa Gomes, para elaborar o projecto de Decreto-Lei (acima mencionado), o qual foi concluído em 24 de setembro de 1974, e entregue, nessa data, a Costa Gomes.
Eis a constituição da referida Comissão: Carlos Manuel de Azeredo Pinto de Melo e Leme, Tenente-Coronel; Manuel Joaquim Martins Engrácia Antunes, Tenente-Coronel; Carlos Alexandre de Morais, Major; José Rodrigues de Oliveira, Capitão-Tenente e José Sousa Carrusca, Advogado.
Já o Conselho de Chefes dos Estados Maiores das Forças Armadas, tinha a seguinte composição: General Francisco Costa Gomes, Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças Armadas; Capitão-de-mar-e-guerra José Baptista Pinheiro de Azevedo, Chefe do Estado-Maior da Marinha; Coronel Carlos Alberto Idães Soares Fabião, Chefe do Estado-Maior do Exército e General Narciso Mandes Dias, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea. O Major Victor Manuel Rodrigues Alves, Ministro da Defesa Nacional e o Dr. José da Silva Lopes, Ministro das Finanças, também assinaram o diploma.
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