Em 9 episódios vamos relatar o que os Militares portugueses muito sofreram nos Campos de Prisioneiros em Goa, Damão e Diu.
Estes três foram considerados provisórios
CAMPO DE PRISIONEIROS DO ALTINHO
Localizado numa zona alta da cidade de Pangim, era uma unidade das Forças Armadas do Estado da Índia, com alojamentos e messes de Oficiais e Sargentos.
Logo após a rendição, o contingente do Agrupamento Dom João de Castro ficou aí retido.
A 20 de dezembro de 1961 juntaram-se elementos da Polícia do Estado da Índia e da Guarda Fiscal e houve autorização para os prisioneiros escreverem aos familiares.
As rotinas diárias iniciavam-se pelas 07H00, com formatura, e terminavam às 21H30, com o silêncio absoluto. Nos primeiros dias não houve refeições para ninguém.
Só a 21 de dezembro de 1961 é que, com enorme dificuldade, começaram a distribuir comida, mas por patentes, mas a escassez de pratos e talheres e o elevado número de presos, foi necessário organizar vários turnos para se tomarem as refeições. A água também não abundava, logo não havia banhos. Naquele dia 21 apareceram rapazes goeses a venderem tabaco.
Em 23 de dezembro mais tropas ingressaram no Campo, incluindo as capturadas na Ilha de Angediva. No dia 24 foram permitidas visitas. Pelo Natal, no Campo, estavam 1200 prisioneiros.
No dia de Natal surgiu a notícia que os presos iriam ser transferidos para o Campo de Pondá, distante 30 quilómetros, que seriam feitos a pé!
Verificaram-se roubo de bebidas do bar dos Oficiais. A elementos da Polícia do Estado da Índia foram feitos convites para integrarem a nova Polícia.
A 27 de dezembro, depois de uma semana no Campo do Altinho os prisioneiros seguiram, em camionetas, para o Campo de Pondá.
CAMPO DE PRISIONEIROS DE CARANZALÉM
As instalações que serviram de prisão foram as do Clube Naval Militar, em Mormugão, onde a guarnição do Agrupamento Afonso de Albuquerque esteve uma semana com outros militares.
Em 27 de dezembro de 1961, os detidos seguiram para Pondá.
Nos Estaleiros Navais, em Mormugão, juntaram-se outros presos que defendiam o Aeroporto, os quais, mais tarde, foram encaminhados para Alparqueiros
CAMPO DE PRISIONEIROS DE PANGIM
O quartel militar passou a servir de Campo de Prisioneiros por alguns dias, mas, por falta de condições, os presos foram transferidos para o Campo de Pondá.
Os presos, durante o tempo que ali estiveram, trabalharam no levantamento das minas que colocaram.
Aqui estiveram os jornalistas
portugueses detidos, que seguiram, depois, para Pondá.
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