domingo, 15 de março de 2009

MARKUS MERK - ANIVERSARIANTE

O mais conceituado Árbitro alemão, deixou de estar ao activo logo que o limite de idade (45 anos) assim o obrigou, o que se verificou no final de 2007. Ostentava a insígnia de FIFA desde 1992. Contudo, não deixo de fazer referência àquele que foi o mais ilustre representante da arbitragem alemã, granjeando amizades em todos os imensos locais onde actuou, face à sua forte personalidade e aos conhecimentos técnicos que desenvolveu ao longo da sua brilhante carreira.

Nasceu no dia de hoje, no ano de 1962, em Kaiserlautern e exerce a profissão de dentista. Parabéns! Foi um dos Árbitros profissionais que, convidado, actuou no Campeonato Paulista (Brasil). Iniciou-se muito cedo na arte de arbitrar bem, logo aos 12 anos de idade (ver foto). Aos 25, estreou-se na Bundesliga – o mais novo de sempre - onde dirigiu 338 partidas, na segunda divisão 27 e na Taça 14. Na Liga dos Campeões 36, incluindo a final de 2003. Marcou presença nos Jogos Olímpicos de Barcelona (1992). Actuou nos Mundiais de 2002 e 2006 e na Taça das Confederações, em 2003. Foi o Árbitro da final do Euro-2004, de tão má memória para a nossa selecção que perdeu para a Grécia (0-1), jogo a que assisti e onde obtive a foto seguinte. Três vezes classificado como o melhor Árbitro do Mundo nos anos de 2004, 2005 e 2007. Durante a sua actividade exibiu 1599 cartões amarelos (advertências) e 64 vermelhos (expulsões). Na Alemanha, o título de melhor Árbitro, foi-lhe atribuído em 1995, 1996, 2000, 2003, 2004 e 2006.

Sobre as novas tecnologias no futebol, Markus elaborou uma proposta, em 30 páginas, que entregou na Liga Alemã de Futebol (DFL). É defensor do vídeo nos jogos mas com regras claras, limitando as possibilidades do seu uso. Eis o que idealiza para a sua utilização: cada representante das equipas em confronto têm o direito de vetar somente em duas ocasiões uma decisão do Árbitro durante o encontro e o juiz também tem a prerrogativa de solicitar a revisão em dois lances.
Com isso, seria permitido um máximo de seis interrupções durante os 90 minutos de partida e, para que as paragens não fossem muito longas, uma comissão de três pessoas teria apenas um minuto para decidir sobre um possível veto. Durante os dez últimos minutos do desafio só seria possível uma recusa, para que o jogo não fosse suspenso várias vezes nesse período.

A comissão de apelo seria formada por um representante da organização responsável pela competição, um árbitro e um ex-jogador ou um jornalista. Se dentro de um minuto não chegassem a uma decisão, então seria mantida a indicação inicial do árbitro.
Pelo Governo do seu país foi-lhe concedida em 2005 a Cruz de Mérito da República Federal Alemã pela sua entrega e dedicação à causa social na Indienhilfe Kaiserslautern (Ajuda para Índia), auxilio que suporta projectos agrícolas, tratamento médico gratuito, construção de escolas e orfanatos.

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