A POLÍCIA JUDICIÁRIA INVESTIGA TELEFONEMAS FEITOS A VÁRIOS ÁRBITROS POR OCASIÃO DE JOGOS SO BENFICA.
A Polícia Judiciária está a investigar, em Lisboa e no Porto, vários casos de ameaças de morte e ofensas à integridade física ocorridos nos últimos tempos contra vários árbitros de primeira categoria e respectivos familiares.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, apresentaram queixa às autoridades pelo menos três juízes e um dirigente da arbitragem. Os ofendidos terão sido contactados através dos seus telemóveis particulares, ora mediante chamadas telefónicas, ora através de mensagens escritas.
Entre eles estão Jorge Sousa e Vasco Santos, ambos árbitros do Porto. O caso aparentemente mais grave ocorreu com Jorge Sousa.
O JN confrontou, ontem, os árbitros em causa com estes factos. Jorge Sousa não quis comentar. Por outro lado, Vasco Santos, sem se alongar, referiu que "essas questões estão a ser tratadas nos locais próprios".
Todavia, de acordo com fonte conhecedora dos factos, Jorge Sousa recebeu um telefonema de um número anónimo a 31 de Outubro, logo após a partida Sporting Clube de Braga-Sport Lisboa e Benfica, vencida pelos bracarenses por 2-0. O interlocutor da chamada terá dito que, por aquele juiz ter-se "portado mal", a sua mulher, que estava "sozinha" em casa, iria sofrer "consequências".
Sucede que, naquele dia, a esposa de Jorge Sousa estava efectivamente sozinha em casa, o que demonstrava conhecimento privilegiado da vida familiar do árbitro. Por essa razão, Jorge Sousa pediu imediatamente ajuda ao comandante da GNR presente no Estádio do Braga, para se certificar das condições de segurança dos seus familiares.
Outro árbitro presumivelmente alvo de ameaças foi Vasco Santos, também do Porto. A comunicação telefónica terá ocorrido pouco antes do jogo Sport Lisboa e Benfica-Clube Desportivo Nacional, no passado dia 26 de Outubro, que terminou com uma vitória, por 6-1, do clube da Luz.
Situação semelhante terá acontecido também, pelo menos, a um árbitro da zona de Lisboa e também a um dirigente da arbitragem, em ocasiões que, até à hora de fecho desta edição, o JN não conseguiu confirmar. Todos os casos estão sob a alçada da Polícia Judiciária, pelas directorias de Lisboa e do Porto.
Preliminarmente, de acordo com informações recolhidas, a investigação terá já apurado que chamadas e mensagens escritas partiram de números localizados num país do centro da Europa, o que, segundo fonte judicial, demonstra alguma "sofisticação" no método utilizado.
A Judiciária prossegue as investigações, procurando averiguar a verdadeira origem das ameaças. Mas o facto de as chamadas terem partido de um país estrangeiro, embora da União Europeia, pode representar obstáculo às averiguações. Poderá ser necessário recurso a cooperação internacional.
Jornal de Notícias (19.12.2009), com a devida vénia
1 comentário:
todo cobarde refugia-se em sitios incertos para nao ser localizado porque? sao tao valentes mas so debaixo das saias das maezinhas eh que fazem ameaças nojentas porque nao teem dignidade de dar a cara. Quando acaba a violencia entre os homens? Inveja, maldade ou frustraçao? Façam desporto curem-se e deixem quem esta nesta sociedade ajudar a promover a justiça entre desportistas
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