Fica ali bem perto do Bairro Alto, bem no
coração de Lisboa…
Do seu alto vê-se o Cristo Rei, na outra
margem, e tem um dos mais belos e carismáticos jardins de Lisboa, o do Príncipe
Real. Vale bem a pena visitá-lo (demoradamente) e ver o espectacular Museu da
Água (subterrâneo).
Morei no rés-do-chão do número 53, no prédio
cor-de-rosa (quarta porta a contar da direita). Hoje com setenta anos de idade recordo
com saudade os tempos de menino e moço, dos amigos e vizinhos de então e,
principalmente, dos meus pais (sr. Viriato e Dª Ester) e do meu querido irmão Fernando
Plácido.
Já agora uma breve descrição do
jornalista que deu o seu nome ao arruamento:
Foi um dos republicanos históricos e hoje
muito pouco conhecido, o Dr. Cecílio de Sousa, (na foto) foi um dos primeiros a
combater a Monarquia através da sua pena, escrevendo em diversos jornais.
Alistou-se na Armada como simples grumete.
Esteve na Madeira, Cabo Verde, Angola, Moçambique e na Índia. Em 1866 começou a
trabalhar como aprendiz de tipógrafo e em breve era um dos melhores oficiais da
arte. Chegou a compor sozinho o Jornal O Povo e neste contexto, conviveu com
outra das figuras marcantes do final do século XIX, Silva Pinto, que deixou
algumas reflexões curiosas, na sua obra Pela Vida Fora (1870-1900).
O Cecílio da Folha do Povo... Era pouco amável, mas convicto. De quê? De que tudo isto era uma pouca-vergonha! Fora do seu jornal - O Trinta e depois A Folha - só admirava e amava muito o seu mestre Teófilo Braga. Abaixo deste culto e rancor pelas patifarias sociais, gostava muito das suas flores e dos seus galináceos, que ele tratava no seu belo quintalinho da rua onde morava (da Procissão).
O Cecílio da Folha do Povo... Era pouco amável, mas convicto. De quê? De que tudo isto era uma pouca-vergonha! Fora do seu jornal - O Trinta e depois A Folha - só admirava e amava muito o seu mestre Teófilo Braga. Abaixo deste culto e rancor pelas patifarias sociais, gostava muito das suas flores e dos seus galináceos, que ele tratava no seu belo quintalinho da rua onde morava (da Procissão).
Era muito arrebatado em palestras e em artigos e locais jornalísticas. Pão pão, queijo queijo! E daí
alguns conflitos pessoais, que o não desviavam do seu rumo. Tinha suas
altercações com o proprietário da Folha do
Povo, José António Ferreira, mas não podiam viver um sem o
outro: breve se reconciliavam.
Nasceu
em Albarraque, perto de Sintra, a 22 de Novembro de 1840 e faleceu em 2 de
Março de 1897. Foi uma figura muito querida em Lisboa
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