“O foot-ball
é um dos maiores excitantes do entusiasmo no nosso tempo tão falho de vontade e
de disciplina.
Seguindo as
evoluções da bola num vasto campo de jogos, cem mil pessoas vibram
intensamente, solidárias na ansiedade de uma victória em que chega a estar em
jogo a reputação do aperfeiçoamento físico de um país, ou de uma raça.
Desta arte,
não são já indiferentes ao desfecho de um desafio de foot-ball, nem a fleugma
dos diplomatas, nem os interesses políticos dos homens de estado.
O foot-ball
é, pois, uma realidade, um contínuo assunto de sensação, que põe em alvoroço
uma abundância de actividades que vão desde as chacelarias às modestas
empregadas dos telefones e rádio de todos os países.
O foot-ball,
tem uma grande importância não só como educação física, como ainda como
educação social.
A
disciplina, o sentimento da cooperação, o culto da elegância na demonstração
estética das atitudes a contrabalançar a força; ainda, a educação da vontade,
no sentido ao contrário do egoísmo, são índices magníficos do desenvolvimento
dos indivíduos, e por fim, dum povo.”
In, O Az,
revista portuguesa de desportos, edição 28, ano I, Abril de 1929.
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