O antigo presidente do SJPF-Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, de 1978 a 1980, ex-jogador e ex-vice-presidente da Associação Académica de Coimbra, faleceu em 3 de Julho de 2009.
Foi sempre recordado por vários quadrantes da "Briosa" como um dos maiores futebolistas do clube de todos os tempos e uma referência a seguir.
"Um exemplo para todos nós. Foi um desportista que esteve nos momentos áureos da Académica, por onde jogou durante 17 anos. É uma perda difícil de superar, porque era um bom amigo", afirmou Frederico Valido.
José Belo, seu colega de equipa e ex-presidente do Núcleo dos Veteranos da Académica, definiu Vasco Gervásio como "uma jóia da coroa", no livro Académica - História do Futebol, de João Mesquita e João Santana, acrescentando que "era um colega com uma personalidade vincada"."Para mim, foi um excelente companheiro, com um humor imbatível, com uma visão positiva dos problemas. É a maior figura da história da Académica, pois além de jogador, representou a selecção nacional, foi treinador, fez regressar a Académica à primeira divisão e foi dirigente de sucesso", sublinhou João Paulo Fernandes, presidente da claque Mancha Negra e ex-colega de direcção no anterior mandato de José Eduardo Simões.
Vasco Manuel Vieira Pereira Gervásio era natural de Malveira, onde nasceu a 5 de Dezembro de 1943. Foi médio e capitão da Académica nos anos 60 e 70, tendo disputado 430 jogos ao serviço da "Briosa", sendo um dos jogadores com mais jogos pelos "estudantes". Foi 284 vezes capitão da equipa, suplantando a marca de Mário Wilson, que capitaneou 207 vezes.
Estreou-se a 30 de Setembro de 1962, num jogo com o Académico de Viseu e terminou a carreira a 17 de Junho de 1979 (com 35 anos), contra o Vitória de Guimarães, quando João Moreno era, na altura, presidente academista.
Internacional, três vezes no escalão júnior e uma vez na selecção B, perante a República Federal Alemã. Era Advogado.
Disputou, em 1967, a final da Taça de Portugal, com uma derrota da "Briosa" por 3-2 com o Vitória de Setúbal, após três prolongamentos, e, a final de 1969, derrota por 2-1 com o Benfica, também após prolongamento. Nesta temporada de 1968/69, a Académica alcançou o segundo lugar no campeonato nacional.
Um bom amigo que se foi!
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