Do Boletim da Comissão Central de Árbitros de Futebol, referente a Setembro de 1959, edição 27, destaca-se o seguinte:
Regista-se o resumo das reuniões que o executivo teve com os Árbitros e dirigentes das Distritais tanto em Lisboa como no Porto, cujos temas mais importantes foram: a falta de uniformidade de critério dos filiados na direcção dos jogos; as simulações e incorrecções praticadas pelos jogadores que não são punidas; o seguro desportivo; a elaboração e envio dos relatórios dos jogos; as declarações prestadas à Comunicação Social; os cartões de livre acesso. -Centro Estágio de Macolin-
Relata-se a festa que os Árbitros minhotos realizaram em Barcelos. De Cabo Delgado (Moçambique) chegaram notícias sobre o sector. A Comissão Central determinou que os Árbitros nacionais fossem sujeitos a 2 provas atléticas. A de velocidade, 80 metros, com o tempo médio acessível de 12 segundos e nos 1.500 (corrida de fundo), 6 minutos e 30 segundos! -Guita Júnior-
Curiosidades de França, Alemanha e Brasil. Nas notícias regionais descrevem-se acontecimentos verificados na Madeira e no Porto. Aqui o destaque maior foi o Curso de Preparação dos Árbitros do distrito. -Abel Bastos-
Artigos de Opinião: Desporto e Arbitragens em Timor, de Pires Duarte. O Seguro dos Árbitros é um problema que urge resolver, do jornalista Guita Júnior (foto). O Árbitro-sua condição e finalidade, de Dr. Joaquim Serra. Curiosa, curiosidade, de Carmo Lourenço. Poderá o Árbitro usar óculos?, de George Bonello. Abel Bastos-O Árbitro mais internacional de Moçambique, de Vítor Real. Uma aparente contradição da Lei XVII sobre o pontapé de canto, de Carlos Carvalho. Dois exemplos que não devem ser imitados, por Joaquim Campos. -Rafael Silva, Germano Figueiredo, Vicente Lucas, Serra Coelho e Herculano Pereira-
Dá-se nota que regressaram do Curso de Instrutores, realizado pela FIFA, em Macolin-Suiça, onde estiveram em representação de Portugal, David Costa e Dr. Joaquim Serra, dirigentes da Comissão Central e Ribeiro dos Reis e Filipe Gameiro Pereira, tendo este elaborado um relatório pormenorizado. Congratula-se o Boletim O Árbitro com o facto da Associação de Futebol de Lisboa ter entregue medalhas de ouro a diversos jogadores, pelo exemplar comportamento que tiveram na época 1958/59. Eis os distinguidos: Vicente Lucas (Belenenses-1ª Divisão), Germano Figueiredo (Atlético-2ª Divisão), Serra Coelho (Casa Pia), Herculano Pereira (Povoense) e Rafael Silva (Caneças). Por último, A Esquizofrenia da Bola, do saudoso Barros Araújo (Vila Real):
Priiu!...
Com o silvo que o Árbitro fez vibrar,
Chegou a hora para o prélio começar…
Mas nisto de repente a multidão,
Enfurecida pela cólera da paixão,
Não deixa mais de gritar…
Fora o Árbitro!... Gatuno!... Ladrão!...
Vocês não viram aquela mão?
Levantam-se os valentões…
Que rasgando o espaço a franco berreiro,
Proferem os mais variados palavrões,
Reclamando sempre o seu dinheiro.
Chega o intervalo. E os refilões,
Aproveitam o descanso p´ra repouso dos pulmões.
Recomeça o encontro.
Todos parecem calmos… mas não!
E nisto, mais rápido que um tufão,
Ruge de novo o trovão…
Fora o Árbitro!... Gatuno!... Ladrão!...
Vocês não viram nada? Eu também não!
Cale-se, diz alguém já cheio de o aturar…
Eu? Calar?
Paguei o meu bilhete tenho o direito de falar…
Por favor!
Lembre-se que o Carmo Lourenço, já está cheio de dizer:
“Perdoai-lhes Senhor…”
Por fim, um silvo de novo se ouviu,
É o términus do encontro…
Prriu!...
-Walter Schaub, David Costa, Gerarhd Müller, José Fernandez de la Torre, Dr. Joaquim Serra, Abdelkrim Ziani, Henri Touprey e Ahmed Zoniter-
Regista-se o resumo das reuniões que o executivo teve com os Árbitros e dirigentes das Distritais tanto em Lisboa como no Porto, cujos temas mais importantes foram: a falta de uniformidade de critério dos filiados na direcção dos jogos; as simulações e incorrecções praticadas pelos jogadores que não são punidas; o seguro desportivo; a elaboração e envio dos relatórios dos jogos; as declarações prestadas à Comunicação Social; os cartões de livre acesso. -Centro Estágio de Macolin-
Relata-se a festa que os Árbitros minhotos realizaram em Barcelos. De Cabo Delgado (Moçambique) chegaram notícias sobre o sector. A Comissão Central determinou que os Árbitros nacionais fossem sujeitos a 2 provas atléticas. A de velocidade, 80 metros, com o tempo médio acessível de 12 segundos e nos 1.500 (corrida de fundo), 6 minutos e 30 segundos! -Guita Júnior-
Curiosidades de França, Alemanha e Brasil. Nas notícias regionais descrevem-se acontecimentos verificados na Madeira e no Porto. Aqui o destaque maior foi o Curso de Preparação dos Árbitros do distrito. -Abel Bastos-
Artigos de Opinião: Desporto e Arbitragens em Timor, de Pires Duarte. O Seguro dos Árbitros é um problema que urge resolver, do jornalista Guita Júnior (foto). O Árbitro-sua condição e finalidade, de Dr. Joaquim Serra. Curiosa, curiosidade, de Carmo Lourenço. Poderá o Árbitro usar óculos?, de George Bonello. Abel Bastos-O Árbitro mais internacional de Moçambique, de Vítor Real. Uma aparente contradição da Lei XVII sobre o pontapé de canto, de Carlos Carvalho. Dois exemplos que não devem ser imitados, por Joaquim Campos.
Dá-se nota que regressaram do Curso de Instrutores, realizado pela FIFA, em Macolin-Suiça, onde estiveram em representação de Portugal, David Costa e Dr. Joaquim Serra, dirigentes da Comissão Central e Ribeiro dos Reis e Filipe Gameiro Pereira, tendo este elaborado um relatório pormenorizado. Congratula-se o Boletim O Árbitro com o facto da Associação de Futebol de Lisboa ter entregue medalhas de ouro a diversos jogadores, pelo exemplar comportamento que tiveram na época 1958/59. Eis os distinguidos: Vicente Lucas (Belenenses-1ª Divisão), Germano Figueiredo (Atlético-2ª Divisão), Serra Coelho (Casa Pia), Herculano Pereira (Povoense) e Rafael Silva (Caneças). Por último, A Esquizofrenia da Bola, do saudoso Barros Araújo (Vila Real):
Priiu!...
Com o silvo que o Árbitro fez vibrar,
Chegou a hora para o prélio começar…
Mas nisto de repente a multidão,
Enfurecida pela cólera da paixão,
Não deixa mais de gritar…
Fora o Árbitro!... Gatuno!... Ladrão!...
Vocês não viram aquela mão?
Levantam-se os valentões…
Que rasgando o espaço a franco berreiro,
Proferem os mais variados palavrões,
Reclamando sempre o seu dinheiro.
Chega o intervalo. E os refilões,
Aproveitam o descanso p´ra repouso dos pulmões.
Recomeça o encontro.
Todos parecem calmos… mas não!
E nisto, mais rápido que um tufão,
Ruge de novo o trovão…
Fora o Árbitro!... Gatuno!... Ladrão!...
Vocês não viram nada? Eu também não!
Cale-se, diz alguém já cheio de o aturar…
Eu? Calar?
Paguei o meu bilhete tenho o direito de falar…
Por favor!
Lembre-se que o Carmo Lourenço, já está cheio de dizer:
“Perdoai-lhes Senhor…”
Por fim, um silvo de novo se ouviu,
É o términus do encontro…
Prriu!...
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