Já aqui divulguei que a arbitragem feminina tem tratamento diferenciado no seio da Federação Portuguesa de Futebol, pois não tem sido considerada como deve e mandam as boas e elementares regras democráticas. Vem isto a propósito de um caso real que passo a descrever: 2 Em 1988, quando o meu bom amigo Engº José Manuel Rosa Oliveira Henriques de Oliveira (nasceu em 19.08.1962), militava no quadro da 3ª categoria nacional, em representação da Associação de Futebol de Viseu, levou consigo a Árbitra Laurinda Santos Rodrigues Lopes (nascida em 03.03.1951), para o auxiliar, como Assistente, num jogo dos campeonatos federativos e da área de formação. Acontece que ela actuou e de forma superior, mas veio logo o douto Conselho de Arbitragem, na altura presidido por José António Pinto de Sousa, a dizer que assim não podia ser, que era proibido, etc. e tal, como podem ver na carta que se reproduz e assinada pelo então Chefe de Serviços. Nesta oportunidade, devo dizer que esta pessoa era reconhecida por gente de bem como insociável, conflituosa e prepotente face ao cargo que ocupava e às facilidades que lhe foram sendo conferidas, a confiança que foi conquistando nos elementos dirigentes e sobretudo pela gritante falta de sensibilidade que sempre demonstrou, principalmente a quem não era do seu circulo de amigos, a sua presença no seio daquele órgão federativo foi prejudicial para o desenvolvimento do sector. Entendo até, que, se a Justiça tem chegado na altura própria e não em 2004, logo se veria onde encontrar os verdadeiros lacaios do dito sistema nefasto e repugnante que vigorava já há muito, método implantado que visava beneficiar alguns Árbitros nas suas classificações, isto contra as regras legalmente estabelecidas. Quanto à arbitragem feminina vi, ouvi e disseram-me tanta coisa negativa de pessoas ditas responsáveis. Mas destaco duas situações que me desgostaram sobremaneira: No encerramento de um curso de candidatos realizado em Lisboa em que a hoje veterana Maria Gabriela Quaresma (Gabi), recebeu o seu diploma do então presidente da Federação Portuguesa de Futebol, o falecido Dr. António Marques, que proferiu para um vasto auditório (onde me encontrava) e de viva voz, esta frase lapidar: As mulheres na arbitragem não têm futuro… A outra, contaram-me: Foi passada no Plenário do Conselho de Arbitragem federativo onde a proposta de indicar à FIFA as primeiras Árbitras de futebol de 11, isto em 2002, estava na mesa e recebeu o mesmo número de votos quer a favor, quer contra.
O seu Presidente, José António Pinto de Sousa, um defensor (?!) de que os direitos eram iguais, tanto para as mulheres como para os homens - era isso que dizia a elas nos cursos de aperfeiçoamento – tinha que desempatar com a chamada opção de qualidade e fê-lo, votando contra… E ainda não foi nesse ano que a Berta Tavares e Sandra Braz foram internacionais!
Hoje como ontem, a intelectualidade (para não chamar outra coisa) é a mesma!
O seu Presidente, José António Pinto de Sousa, um defensor (?!) de que os direitos eram iguais, tanto para as mulheres como para os homens - era isso que dizia a elas nos cursos de aperfeiçoamento – tinha que desempatar com a chamada opção de qualidade e fê-lo, votando contra… E ainda não foi nesse ano que a Berta Tavares e Sandra Braz foram internacionais!
Hoje como ontem, a intelectualidade (para não chamar outra coisa) é a mesma!
Coisas…
3 comentários:
Parabéns Amigo Alberto Helder, por mais um dos seus excelentes trabalhos aqui documentados.
A verdade nua e crua.
Sem menosprezar as outras mulheres-arbitras, tenho que destacar que esta época vi arbitrar Ana Aguiar e nao vi nenhuma diferença dos homens e Ana Brochado igual.
Porque nao apostar no sexo feminino na arbitragem da Alta Roda desde que tenham condiçoes?
Parabéns a todos os idealizadores, são maravilhosas as homenagens, e merecidas, aos que dedicaram parte de suas vidas para que o Futebol fosse jogado com correção e respeito às regras. Jonas Greb
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