quinta-feira, 3 de abril de 2014

A FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL E O SEU CENTENÁRIO… (II)



QUERO O MELHOR PARA O FUTEBOL E PARA A ARBITRAGEM!

Depois da última observação as coisas, na verdade, não melhoraram nos últimos dias…

A gerência em exercício levou a efeito, no dia 31 de Março, para comemorar a data secular a celebração de missa e jantar, mas com inconcebíveis e inadmissíveis restrições protocolares, como passo a descrever.

1. Os funcionários da Federação, aqueles que suportam com dedicação, sacrifício, empenho e rigor e dão credibilidade à estrutura pela qualidade de serviço prestado não tiveram direito a participar no repasto, mas sim a assistirem na Sé Catedral ao mencionado serviço religioso. Um patronato que não respeita os trabalhadores está claramente identificado…

2.Um membro da Comissão de Honra (festejará os 90 anos de idade neste ano), também teve o mesmo tratamento, isto é, zero, o que não deixa de ser incompreensível e lamentável.

3. O vídeo que, com pompa e circunstância, passou no jantar a historiar um passado que deveria ser altamente considerado e elogiado, somente mostrou imagens de 1966 até à insípida actualidade. Os feitos dos obreiros que passaram pela FPF desde 1914 até aquele ano já estão esquecidos e não interessa recordar? Grande vexame sofreram os que, sem a magnificência actual, deram tudo, o seu melhor pelo futebol português e não mereceram ser evocados!

4.Mais desprestigiante foi o facto do discurso dito oficial, nem uma palavra para os incansáveis e leais funcionários da Federação, assim como para os Árbitros, os que garantem o prestígio e a dignidade nas competições federativas, zero e novo profundo lamento…

5.Lembra-se aqui que a primeira grande representação da Federação Portuguesa de Futebol num palco mundial foi a participação do Árbitro portuense José Vieira da Costa no Brasil, em 1950 e logo a seguir em 1954, na Suíça. Voltou a arbitragem a ser a embaixadora da FPF em 1958, no mundial da Suécia, através de Joaquim Campos, da Associação de Futebol de Lisboa, que repetiu a façanha no ano de 1966, em Inglaterra. Aqui, a selecção portuguesa teve o seu baptismo, alcançou o terceiro lugar e foi, agora, destacadamente saudada nos cem anos da Federação. E os que levaram bem longe e bem alto a bandeira de Portugal não mereceram citação, porquê? Insensibilidade, desconhecimento, intencional? Não sabemos o que vai na cabeça desta gente…

6. O ministro qualquer coisa que por lá apareceu também falou e entre outras banalidades disse que Portugal tem o melhor jogador do mundo, como toda a gente sabe. Em igualdade de circunstâncias e obrando equidade deveria dizer que Pedro Proença um Árbitro de Portugal foi considerado também o melhor do mundo! Seria por distracção, ignorância, ataque à nobre causa ou não conviria dizer? Políticos desta estirpe, com estas atitudes estão a mais no panorama da democracia…

7.No meio disto tudo duas anciãs criaturas tiveram direito a elogio reforçado, mas ao futebol muito pouco deram, estorvando-o até!

Aqui fica este resumo que tem efeitos pedagógicos e orientativos para quem não deve repetir erros desta magnitude, especialmente para a novel comissão organizadora do centenário que terá, penso eu, senso e criatividade para não duplicar o que a incompetência produziu, mas que muitas palmas e panegíricas lhes foram dedicadas, por isso mesmo…

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