quarta-feira, 13 de maio de 2009

SÍNDROME DE BURNOUT EM ÁRBITROS DE FUTEBOL *

Na arbitragem de futebol, sempre se ouve falar: TAL ÁRBITRO não conseguiu passar no teste físico, não foi bem em tal partida, caiu o rendimento, mas pouco se ouve dizer a respeito dos motivos que conduziram a tais acontecimentos. Essas situações podem conduzir o atleta a desistir dos treinos de forma efetiva e eficaz, pois ele se sente esgotado tanto no aspecto físico, quanto psíquico e social. A esse esgotamento damos o nome de síndrome de burnout. Os autores Weinberg e Gould (2001) conceituam a síndrome de burnout nos esportes como sendo uma resposta psicofisiológica de esgotamento exibida como resultado de esforços freqüentes, às vezes extremos e, geralmente, ineficazes para satisfazer demandas excessivas de treinamento e competições. No caso específico da arbitragem de futebol, já se ouve falar em síndrome de burnout, pois os que se dispõe a vestir a camisa da Arbitragem de Futebol, atuam também em outras atividades paralelas. Diante de um estado de exaustão no trabalho, os atletas deixam de lado até as próprias necessidades. O estresse aparece no contexto do trabalho, sendo que a qualidade deste fica comprometida pela relação estabelecida entre o árbitro e a sua Federação. Essa queda de rendimento pode ser um sinal de que o árbitro está sendo acometido pela síndrome do burnout em sua fase inicial e isso agrava ainda mais a pressão sobre o mesmo.
Nesse momento, o atleta necessita realizar uma arbitragem correta, porém a impossibilidade de atuar certeiramente, só aumenta a tensão, e aparece um erro atrás do outro, sempre na tentativa de acertar, ele erra. Com isso, o resultado positivo não aparece, o rendimento começa a cair - os treinos passam a ser desmotivados e instala-se a síndrome do burnout , e essa situação quando começa a se repetir, termina na desistência de tudo que o motivou até então, no “Quadro da Arbitragem”.

Por isso é imprescindível o trabalho do Psicólogo Esportivo, que além de ajudar a identificar suas dificuldades, auxilia a ampliação da consciência no que se referem às suas limitações, experiências, competências e habilidades esportivas, promove medidas profiláticas durante a atuação do atleta, e mobiliza instrumentos valiosos no sentido de favorecer respostas ao ser humano como um todo.

Este fato ressalta a necessidade do trabalho mental atrelado ao trabalho físico e técnico, dos possíveis ajustamentos criativos, e de encontrar prazer na prática esportiva, além de pertencer a um grupo de escuta, e acolhimento, deixando de lado os diversos motivos que podem levar um árbitro ao esgotamento e conseqüentemente aos erros na sua prática.
Smith (1986) afirma que a síndrome do burnout é mais freqüente em atletas de esportes individuais, por serem mais competitivos, de alta exigência física e psicológica, devido à natureza repetitiva e monótona dos treinamentos, além de menor suporte social dos companheiros de treinamento.

Muitos dos aspectos que compõe o universo da Arbitragem, em conjunto com o trabalho psicológico, ajudam de forma relevante os árbitros a traçarem algumas estratégias para um desempenho mais adequado, e ao mesmo tempo a prevenir mal estar, síndromes, e patologias de qualquer natureza.

Por último, é fundamental que os próprios atletas conheçam seus limites, e de posse de sua singularidade, sejam capazes de gerar respostas confiáveis e corretas perante as diferentes atribuições de sua vida.

* Trabalho elaborado por:
Marta Aparecida Magalhães de Sousa
CRP 06/24.728-1
Psicóloga Especialista Clínica – Escolar - Esportiva

Membro do Departamento de Gestalt-Terapia do Instituto Sedes Sapientiae.
Membro da Abrapesp - Associação Brasileira de Psicologia do Esporte.
Psicóloga Convidada da CBF – Confederação Brasileira de Futebol (Comissão Nacional da Arbitragem).
Pedagoga da Rede Estadual no Município de Guarulhos - Orientação de Estudos e Pesquisas - Escola Tempo Integral.
Grupo de Estudos: Gestalt-terapia; Psicologia do Esporte.
Atendimento no Consultório: Rua Cerqueira César, nº. 154, Centro, Guarulhos, SPaulo.
Telefone: (011) 9642.9344 - 6440.0709
E-mail:martaapmagalhaes@yahoo.com.br

5 comentários:

Carlinhos Navalhada disse...

Avisa o Márcio Rezende de Freitas que vou cagar ele a pau. Ladrão safado.

Dr. José Andrade disse...

Eu ajudo a espancar ele, por mais que eu seja médico, mas ele é um juizinho de merda, um safado filho da puta. Roubou do colorado e vai apanhar sim.

Airton Pezão disse...

Depois que vocês espancarem eu piso na fuça dele.

Jack Estripador disse...

Quero operar Márcio Rezende de Freitas...estirpar lentamente durante semanas e pegar pra mim o dinheiro que ele ganhou da MSI pra apitar Inter e Corinathians em 2005.

O adesista disse...

Eu espanco esse Márcio Rezende junto.