terça-feira, 29 de maio de 2012

COMEÇOU O DESMANTELAMENTO DA DEMOCRACIA NO FUTEBOL! (3ª E ÚLTIMA PARTE)

Temos a noção de que o actual modelo do Futebol está em plena fase de mudança, que é impossível fazer parar, sendo necessário uma liderança credível, diferente do habitual, com origem nos elementos conhecedores das suas estruturas, com um projecto que tenha tanto de inovador como de ambicioso e que consiga congregar a opinião favorável da grande maioria dos seus agentes.

É nosso entendimento que a nova AG irá ter mais dificuldade de funcionamento e discussão e maior incapacidade de contribuir positivamente para os destinos da FPF, já que os futuros delegados vão ter menos poderes.

Contudo, apesar do Futebol, ser a modalidade que regista o maior número de praticantes, ser a mais mediática, gerar mais riqueza e depender menos do financiamento do Estado, admitimos que não nos podemos considerar acima das leis da República Portuguesa, mesmo que, como é o caso, quando, vendo com olhar crítico o RJFD, se encontrem pontos a reavaliar e alterar para que possa ser uma lei mais de acordo com o que aqueles a quem ela se dirige a considerarem boa.

Por isso, através deste “Acordo de Príncipios”, afirmamos que pretendemos manter, como sempre o fizemos, uma porta aberta para fomentar o diálogo construtivo com todos os agentes e parceiros.

Por isso, demos o passo decisivo na aprovação destes dois documentos fundamentais para a vida da FPF, demonstrando ao Governo e às instâncias desportivas que nos regulam, que estamos dispostos a ser parte da solução, aliás como sempre aconteceu na história do Futebol em Portugal. Sempre fomos contra ameaças e pressões e pugnamos por existir um espaço de diálogo construtivo.

Assim, associada à decisão que tomámos hoje, declaramos que iremos solicitar ao próximo Governo, que seja efectuada uma avaliação da implementação prática do RJFD e propor a sua reestruturação, tendo por base os pontos já referidos e outros que se irão revelar com execução prática do mesmo, demonstrando aqui e ali a sua impraticabilidade ou a dificuldade da sua boa prática.

Aprovar os Estatutos da FPF integralmente de acordo com o RJFD dificilmente será melhor solução para o Futebol português, nem será com isso que o mesmo ficará com os seus problemas resolvidos. Mas o Futebol não pode nem deve ser acusado de intransigência.

Estamos em tempo de encontrar solução com a responsabilidade que o assunto exige.

Lisboa, 30 de Abril de 2011

Segue lista com nomes dos 29 sócios de então da FPF, mas nem todos assinaram este “Acordo de Príncipios”.

Sem comentários: