sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

MIKLOS FEHÉR, UM DOS NOSSOS QUE PARTIU HÁ 4 ANOS





Em 25 de Janeiro de 2004 a televisão deu em directo o momento fatídico em que este brioso jogador que com a camisola do Benfica caiu no relvado do Estádio Afonso Henriques, em Guimarães. Quem viu as imagens ficou perplexo com o que se passava, impotente para ajudar e uma enorme expectativa quanto ao desenrolar da situação, que não previa nada de bom. E, então, quando foi confirmada a sua morte perpassou em todos os desportistas um sentimento terrível de angústia, de dor, de compaixão, mas já nada havia a fazer senão partilhar a enorme onda de solidariedade que envolveu todos aqueles que muito sofreram com a sua perda, familiares, amigos e admiradores.

A APAF foi expressar as condolências e velar o corpo do malogrado no Estádio da Luz. Convidada para acompanhar o cortejo fúnebre que seguiu para a terra natal do inditoso futebolista (Gyor-Húngria), tal incumbência coube-me a mim, na qualidade do cargo que nessa altura exercia, o de Secretário-Geral. Na viagem tive a oportunidade de expressar pessoalmente aos pais (Akiko e Miklos), irmã (Orsika) e noiva (Adrienn), os sentimentos profundos dos Árbitros portugueses e muito especialmente da equipa de Olegário Benquerença que dirigiu a partida e que assistiu bem de perto o desenrolar do infausto acontecimento.
Ofereci-lhes a foto de Fehér quando visitou o nosso stand da Feira do Futebol, em 5 de Dezembro de 2003, assim como a reprodução da mensagem que deixou no nosso livro de honra, junto de duas jovens colegas árbitras, documentos que estão depositados no Museu que foi criado em sua homenagem.
Mais tarde, aquando do descerramento do seu busto no Estádio do Benfica e também com a mesma finalidade entregámos a seus pais a colecção das fotografias que obtivemos naquela deslocação. Noutra das fotografias que agora se divulgam está a dar autógrafos às crianças da ACREDITAR, num convívio após terem assistido a um jogo do Benfica. Soubemos que o pai de Miklos Fehér foi antigo árbitro de futebol.

É doloroso ver partir assim um jovem, cheio de genica, com vontade de singrar, um dos nossos…

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Nota: Amanhã vou então até Cuba. Já volto, ok?

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